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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

NOSSO PROPRIO SER - LILLIAN DEWATERS







A nossa identificação com nosso real e verdadeiro Eu como já presente agora, faz com que experienciemos uma paz interior e quietude, bem como felicidade, impossíveis de serem constatados na prática de outros caminhos. 

Habitar nesta Luz – amando acima de tudo mais – nos dá a certeza de resposta a toda indagação.

Recordo-me de uma época, logo depois que comecei a estudar a Verdade, em que havia convidado um parente, que morava longe, para visitar-me. Ele era pastor metodista, e eu estava ansiosa para apresentar-lhe esta Verdade maravilhosa. 

Imaginem meu desgosto e consternação quando, no dia previsto para sua chegada, acordei e me vi envolta pela crença de um forte resfriado. Olhos, nariz, garganta e voz diziam tudo; e eu estava profundamente angustiada por ter de recebê-lo naquelas condições. 

Como aquela evidência poderia corresponder à minha mensagem? Todo o meu ser estava imerso numa só questão: “Que dizer a ele? Como dar-lhe explicações?”.

Sua chegada estava prevista para bem cedo, e eu ativamente me preparava para recebê-lo, enquanto me questionava constantemente sobre que tipo de explicação poderia lhe dar.


Mas não me vinha nenhuma. Observei-o vindo da calçada, sua mão já estava apertando a campainha, e eu ainda não havia encontrado nenhuma solução adequada para a pergunta que meu coração disparava: “Que dizer a ele?”.
Com minha mão na maçaneta da porta, fiz uma pausa. 

Em desespero e total abandono do ego, voltei-me a Deus, gritando: “Deus! Que direi a ele sobre este resfriado?”. 

E a respostas surgiu como um raio: “Como poderia você falar-lhe de algo que você não tem?”.

Que instante de glória! Abri a porta com a sensação de que sabia tudo. Estava radiante, íntegra, sem traços do menor sintoma. Nosso encontro foi dos mais felizes.

Quão tolo e estúpido é o caminho do pensamento ou da preocupação! 

Quão vibrante e glorioso é o Caminho de nos voltarmos a Deus como sendo nossa própria Vida e Ser. 

Jamais poderemos encontrar motivo para doença ou problema, pois, para Deus, nosso único Ser, a discórdia jamais está presente.

Este incidente talvez sirva para ilustrar o que se entende por Luz direta ou Iluminação. 

Naquela fração de segundo eu tive a experiência de ser a Mente divina, conhecer a Verdade como minha própria Consciência, e viver na Existência espiritual.

A Realidade é a coisa em Si – Manifestação. 

O Céu é o Mundo de nossa própria Consciência espiritual, um mundo de coisas espirituais visíveis. Um Mundo que fosse sem formas, coisas, manifestações, nada poderia significar para nós. 

Nossas experiências em iluminação somente nos convencem de que nosso Corpo está presente, mas também todas as demais Formas. E todas elas são puras e perfeitas, sem qualquer materialidade.

Existe algo muito necessário, uma coisa de suprema importância e magnitude: saber que nossa Consciência divina é nossa Totalidade e “Completeza”, aqui e agora. 

Nossa Consciência de que Deus é todo o nosso Eu, toda a nossa Existência, todo o nosso Mundo, constitui nossa Paz e Harmonia, Segurança e Imunidade – inquebrantáveis e absolutas.

Não pensemos em Deus como Alguém outro, além de nossa própria Egoidade. 

Quanto mais alguém se vê como realmente ele é, no lugar de como “espera se tornar”, após ser aprimorado ou regenerado, mais cedo conhece a Revelação através de uma real experiência da mesma.

Como receber a Iluminação? A partir da Luz dentro de nós. 

Se a Luz da Verdade está aqui, nós a conheceremos e nós a vivenciaremos. 

Torna-se aparente que a falta desse Conhecimento e desta Experiência só é sentida pela insistência de alguém em aceitar crenças e ensinamentos imperfeitos, em vez de largá-los de uma vez e tomar posse, devotadamente, da Verdade Absoluta.

E agora, a questão flamejante: 
Quem é o sonhador ou falso crente? 
Quem deve nascer de novo? 
Quem vê o mal, e sente necessidade de cura? Qual a origem do mal? 

Todas estas questões são a mesma questão. 


Todas estão enraizadas na crença e ensinamento de que uma separação de Deus começou, ao que as religiões chamam de “a queda do homem”. 

A partir dessa visão, jamais alguma resposta será encontrada para estas perguntas. Tampouco serão respondidas do ponto de vista da Verdade, pois, nesse caso, elas não teriam nenhum sentido.

Questões referentes ao mal, treva, guerra e limitação serão canceladas e varridas, assim que nos voltarmos das crenças generalizadas, e dos ensinamentos religiosos, para encararmos a Deus “no lugar secreto de nosso coração”. 

Aqui, no Reino da Luz Divina, tudo é Perfeição – incondicionada. Encontramos Deus sendo nosso único Ser, nosso único Universo.

Nós não perdemos nossa Identidade. 

Nossa experiência deixa de ser aquela de um indivíduo separado, que busca avidamente a Verdade e a Realidade. 

A Vida única, o Ser único, é a plenitude e a totalidade de cada um.


Eu sou AQUELE QUE EU SOU!



LILLIAN DEWATERS




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