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segunda-feira, 10 de abril de 2017

“Se Eu Te Não Lavar, Não Tens Parte Comigo!” -1






Jesus sabia que “não era do mundo” e que, igualmente, “nenhum de nós é do mundo”, assim como também seus discípulos não eram. Esta é Verdade Absoluta, por ele conhecida, e que todos terão de conhecer. 

Na colocação de João, Jesus sabia que “o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus”. 

Esta é a Verdade apresentada pelas postagens deste Blog, quando revelam que “em nossas mãos estão todas as coisas reais e permanentes”, por nos vermos não “no mundo”, mas na Unidade Perfeita em que “temos a Mente de Cristo”.

“Após a ceia, tirou as vestes, e, tomando uma toalha, cingiu-se; depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido”.   João 13: 3-10

Pedro, vendo aquilo, mas sem entender nada, disse a Jesus: “Nunca me lavarás os pés!”. 

Respondeu-lhe Jesus: “Se eu te não lavar, não tens parte comigo”.

Disse-lhe Simão Pedro: “Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”.

Disse-lhe Jesus: “Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo!”.

Jesus havia tomado uma toalha para cingir-se. 

O verbo “cingir” significa “tomar parte”, e traz aqui um sentido espiritual em que a toalha se torna veículo transmissor da “natureza crística”; assim, ao ser usada para enxugar os pés dos discípulos, deixava-os na “frequência divina”, apagando a ilusória “frequência material”, que era ilusória! 

Por isso disse Jesus a Pedro: “Se eu te não lavar, não tens parte comigo”.

Os “pés”, sendo lavados, representam o mesmo que, para Moisés, representava a “retirada de suas sandálias”, ou seja, a remoção da CRENÇA MATERIAL pela PERCEPÇÃO de que, na verdade, estamos TODOS pisando em “Solo Sagrado”!


Mesmo após a ceia, em que os discípulos receberam o “Pão da Vida”, simbolicamente repartido entre eles, ainda não se viam “além de meros discípulos”, continuando a alimentar a CRENÇA em “Senhor e servos”.

“Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros”.

“Lavar os pés uns aos outros” não seria meramente “humildade”! Por quê? 

Porque o real objetivo último seria o conhecimento da UNIDADE PERFEITA que todos formamos! 

A palavra “humildade” não tem aplicação na Verdade Absoluta, em que DEUS É TUDO! É uma palavra dualista, ou seja, se alguém se mostra ou não “humilde”, assim seria sempre em comparação com supostos outros! 

Algo assim somente se daria na identificação por parte de alguém com a sua aparente humanidade, e não ainda com a sua cristicidade. 

Jesus, percebendo-os ainda na CRENÇA em “Senhor e servos”, preparava-os para agir dentro do exemplo dado por ele. 

Para Jesus, era exemplo de UNIDADE; para seus discípulos, era, naquele momento, exemplo temporário de HUMILDADE!

“Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou”.

Que sentido tem estas palavras? Explicam que, humanamente, “servo e senhor” trabalham igualmente, e com o mesmo objetivo de “lavar os pés uns aos outros”; se o “senhor assim age”, igualmente os “servos deverão agir”. 

Que há nesta preparação? 
A prática da anulação do suposto “ego”, até então voltado somente a si mesmo e ao próprio bem-estar! 


Nesse caso, “lavar os pés uns aos outros” atinge amplo sentido, que é o de cada um saber se colocar sempre na posição do seu próximo, fazendo por ele todo benefício possível de ser-lhe feito, e como se estivesse sendo feito para si próprio!

“Não é o servo maior do que o seu senhor, nem é o enviado maior do que aquele que o enviou”. 

Aqui, é revelado que se levarmos em conta o “mundo fenomênico”, “servos e senhor” são de idêntica natureza: “sombras mortas iguais”, fadadas ao desaparecimento.

“Nem é o enviado maior do que AQUELE que o enviou”. 

Em outras palavras, DEUS É TUDO, E SE EVIDENCIA COMO SEUS SUPOSTOS “ENVIADOS”! “SERVOS E SENHOR” SÃO APENAS “APARÊNCIAS”, OU “SOMBRAS”!

Em vista disso, SERVOS E SENHOR TAMBÉM SÃO UM, E SÃO DEUS, VISTOS EM SUAS IMAGENS VERDADEIRAS! 

Esta é a Verdade que haverá de ser conhecida por TODOS! 

E cada suposto “servo” que a for conhecendo, deixará de se achar um “servo humilde”, do “referencial do mundo”, por se perceber na UNIDADE PERFEITA do ETERNO E VERDADEIRO “REFERENCIAL DE DEUS”!











GRATIDÃO AO MEU AMIGO DÁRCIO







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